A Nossa história de 145 anos de presença em Angola

145 anos ao Serviço dos Mais Desfavorecidos

 

                  A história da Igreja em Angola foi marcada pela presença de muitas congregações ao longo dos séculos. Entretanto a segunda evangelização do país foi marcada pela obra dos filhos de: François Claude Poullart des Places  Jovem nascido em Rennes, região da Bretanha em França. Muito cedo renuncia o projecto ambicioso de seu pai e uma carreira que lhe daria muitas glórias e coloca-se ao serviço da formação de jovens missionários desfavorecidos. 

               Libermann. Descendente de judeus praticantes. Seu pai sonhou para ele a kipa que faria dele um grande Rabi à maneira dos grandes homens da religião judaica. Aos poucos e depois de muita meditação, abandona o projeto do pai e converte-se ao catolocismo, recebe o baptismo e torna-se um grande mistico da missão e um apaixonado pela Africa.

                   Estamos a falar concretamente dos Missionários da Congregação do Espirito Santo que desde os finais do Século XIX  palmilham as terras de Angola. Várias são as gerações que recordam os Pes Duparquet, Ernest Lecomte, Keilling, Le Guenec. Passando pelas aldeias ouvimos alguns idosos que testemunham em bom tom e som as aventuras e as obras destes grandes missionários. O primeiro grupo desembarcou em 1866 no Norte e depois no Sul de Angola. Como S. Paulo, a primeira preocupação deles foi a de fundar comunidades sólidas, capazes de viver e anunciar o evangelho. Entretanto não era a única preocupação. A formação do homem angolano em todas as vertentes esteve no centro de todos os projectos. Assim, é mister destacar que em todas as Missões encontramos internatos e escolas equipadas com máquinas de todo o tipo. Carpintarias, serralharias, tipografias e até tractores para agricultura.

              A audácia e a vontade de anunciar um evangelho que transforma o homem por dentro e todo o seu meio ambiente foi a mola impulsionadora que os levou a vencer todos os obstáculos que vão desde as tradições africanas e  o clima duro e hostil. Venceram? Não sei. Não sou o mais indicado para o dizer. Entretanto o que digo é que os efeitos da sua abnegada entrega estão ao nosso alcance. Somos os frutos do sacrificio destes homens que um dia negando o conforto das suas terras aceitaram o desafio de partir e chegaram até nós. A Educação religiosa e humana foi o fio condutor do seu trabalho e as   novas gerações têm o dever e a obrigação de dar continuidade ao trabalho começado.

                                                                                                               Zemás

          






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