Escolas Espiritanas
A expressão escolas espiritanas vos pode parecer um pouco estranha, pois se tivermos em conta o direito canónico, todas as obras pertencem as Dioceses onde somos colocados. Entretanto o termo não é sinal de reivindicação de título de propriedade. Ele enquadra-se na nossa actividade pastoral e missionária. Faz parte do nosso dia a dia. O termo "escola espiritana" não significara propriedade e titularidade, mas sim trabalho e espirito eclesiástico e carismático a imprimir. Somos enviados aos mais desfavorecidos. Como devemos encarar esta missão de educação em favor dos mais desfavorecidos? Como nos empenhamos no seu desenvolvimento a fim de que saiam da dependência e cheguem a ser autónomos e autores dos seus próprios projectos de vida?
A história dos espiritanos em Angola está ligada a fundação de comunidades, pastoral de cura de almas mas também a uma preocupação pela saúde e pela escolarização dos povos encontrados. Assim vemos dispensários, centros de saúde, escolas para a formação de líderes das comunidades e escolas de artes e oficios, escola de ensino primário. As mais destacadas são as de Lândana, Soyo, Huila, Caconda, Cuando, Bailundo, Jau, Andulo, a escola da Missão da Nazaré, da Missão do Quipeio, do Chinguar, de Kalandula, da Missão de Malange, do Colégio Espirito Santo e do colégio Alexandre Herculano na cidade baixa no Huambo, o internato e escola da Missão do Balombo e da Bela Vista, o Seminário Menor do Quipeio, a escola de formação de professores de Posto do Cuima (Escola Teófilo Duarte). Este percurso histórico mostra a importância que desde os tempos mais remotos os espiritanos e a Igreja deram ao sector da pastoral educativa. Estas estruturas ao serviço das Igrejas locais deram o seu fruto notável no número considerável de Sacerdotes, religiosos, religiosas, leigos e leigas comprometidos, lideres de comunidades que hoje estão filiados ou inseridos em diversas asssociações e em muitos sectores da sociedade angolana.
Bem hajam aqueles que tendo dado o melhor de si mesmos edificaram a nação e a Igreja angolana não oferecendo o peixe, mas ensinando a pescar.
zemás
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